domingo, 20 de julho de 2008

Inocência preenchida pelo mórbido.



Atrai-me o sangue a esvair-se de veias
minhas ou alheias,
Amontoados de corpos, cadáveres
Restos semi-vivos cobertos de sangue
O sabor do que é interior.
O aroma das entranhas no exterior.
Quero o chão coberto de um manto vermelho
Líquido, coagulado,
Canastros dilacerados a deteriorar
Carne coberta de vermes.
Alegra-me rir daquilo que tu temes
Apraz-me olhar para a dor que tu gritas
E ver tudo quanto agitas,
As pessoas aflitas
Cobardes e submissas,
Vendidas e enganadas
Por ideias que foram cravadas
Pobres coitadas inanimadas.
Eu desejo toda a inocência preenchida pelo que é mórbido,
Mas poupem-me de todo o pormenor sórdido
Que este mundo erróneo me repugna
Só suplico que a morte me acuda.

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