segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A brisa.



Algum tempo que passou,
Mas a brisa ficou.
O passado afinal não mudara.
Apenas eu teimava em negar.
A mim mesma, me convencia
Que eram coisas que o vento já levara.
Só a brisa me trazia
As duvidas que temia
A razão que me perturbava.

Deixei-me envolver
O sentimento cresceu.
A brisa abriu-me a janela
Irrompeu,
E só agora voltei a perceber
Que o passado nunca foi,
Mas que ainda é no presente.

O presente não passou de algo ausente;
Na mentira de o que foi, já ter sido
E não mais ser o mesmo
Neste presente que me iludiu
De ser só o presente que eu vivi.
No aviso que a brisa me deu
e eu ignorei e me arrependi.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Só ilusão.

Já congelada,
Ainda sinto o frio,
Está escuro.
Cada vez mais escuro.
Abro e fecho os olhos
E não noto diferença nas cores.
Não há luz,
Nunca vi a luz.
A minha companhia...
Afastaram-me da minha companhia!
A única luz que conheci.
Aquela que brilha sempre
E em qualquer dia,
A que me ilumina
E que à noite me guia.
Sempre me fez companhia!
Mas perdi-a,
E agora, mais que nunca,
Estou sozinha,
Vazia.
E é como se eu sempre tivesse estado,
Afinal de contas,
Enterrada debaixo do chão,
Sem terra, sem caixão
Só eu e a minha ilusão.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Aqui caída.



Invadem-me...
Sentimentos de perda,
Sentimentos de culpa.
O vazio, o tédio,
O assolo da tristeza
Deixa-me sem voz,
Sem vontade,
Sem vida.

E permaneço aqui caída
Até que dor me devore
Me torne de novo erguida
Ou que acelere o chegar da minha partida
Para que nunca mais chore
Nestes momentos em que a minha alma sofre.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Como flores.


Eu tento dar mais e mais,
Ser melhor, o auge.
Mudar, moldar-me.
Dar-te beijos com sabor a flores,
De textura delicada e suave.
Tudo para que aos teus olhos eu me eleve.
Me torne mais alegre
Te faça mais feliz,
Ter-te sempre presente,
Olhar para ti e ver que sorris,
Ver-te contente
Como sempre quero e quis.