quinta-feira, 29 de maio de 2008

Monstro Adormecido.



Criatura oprimida,
De imagem denegrida
Ser inconformado
Habitando um mundo amargurado.

De escuridão obscurecida,
Vida maldita,
Alma perdida,
Vulto encapuçado,
De rosto vazio,
Vestes negras,
Passar sombrio.

Paisagens escuras,
Sons mórbidos,
Silêncio escondido,
Monstro adormecido.

Raiva oprimida,
Sofrimento esquecido,
Revolta ofegante,
Gritar despercebido.

Almas apreendidas,
Descanso eterno,
Recordações proibidas,
Na luz do inferno.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Monotonia vs. Mente Demente



De tudo isto tenho um conhecimento
Quase inato.
Um principio obsoleto.
Quase que lhe cheiro a podridão do pensamento…

Nada é novo para mim,
O sofrimento e a angústia consomem-me
So me pergunto:
quando chegará o fim?

É tudo tão monótono,
tão exagerado e tão falso,
É tudo tão igual.

Tento perceber
mas ainda não consegi entender.
Onde está o castigo em ser-se natural,
Em ser diferente;
do original e do resto,
Sem se julgar em mal
E sei bem que é normal
E é por isso que me manifesto.

Creio bem que seja a minha mente,
Devo estar doente
E a precisar de me pôr ciente
De que a minha mente é demente.

Preciso de uma cura que me abra…
o caminho para a paz incessante,
esse descanso eterno e constante
essa morte tão desejada.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Numa casa ao pé do mar...



Numa casa ao pé do mar,
Com o sol reflectindo nas ondas do mar,
Penetra a vidraça do quarto
Enquanto estás a sonhar
E a areia das dunas parece dourada.

Sabe bem enterrar os pés
Na areia aquecida pelo sol da tarde,
Com a brisa fresca que nos levanta o cabelo da face
E os olhos ficam semicerrados pelo sol dourado.

Todos estes pormenores têm um valor acentuado
Porque não estou só e a companhia é do meu agrado.
Tenho medo que o tempo se perca e se gaste
E que com o seu decorrer acelerado tudo isto se afaste.

O tempo é eterno para quem deseja estar
Ao pé de alguém especial neste lugar,
Em que o sol se esconde de nós
E a lua nasce por detrás do mar.

Quero perder-me entre o sol e a lua,
Vivênciar contigo um eclipse lunar,
Ordenar para o tempo parar
E concentrar toda a liberdade e toda a vida em uma.

Mas quando o sol se enconder
E vivenciarmos apenas a lua
Aparecerão as estrelas cintilantes
Para testemunhar a nossa presença,
A minha e a tua.

E deitados na areia já fresca,
De toque suave e escorrido,
Olhando para os pontinhos brilhantes lá no céu
Desejo que este momento permaneça, meu e teu.

Quero que não mais acabe
Porque contigo tudo faz sentido,
Tudo adquire outro significado
É tudo alheio e ao mesmo tempo tudo é nosso.

Os momentos ninguém nos tira,
Porque só a nós nos foram dados
E é no tempo presente,
Não no passado,
Que queria ter ficado.

No presente tudo está parado,
Apesar do tempo continuar a rodar
Tu e eu aqui sentados,
Tu, eu e o luar...


[made by: DeviLuTi0n & Bruno Pacheco]

Chega-te a mim.




Vem para perto de mim

Acompanha-me numa jornada sem fim.
Nem tempo, nem noções
Apenas nós.
Duas forças,

Sem corações
Chega de mentiras.
Só tu e eu.
Juntos erguemos o início do fim,
Erguemos a despedida
Daqueles que não se lembrarão de mim.
Junta-te a esta minha partida,
Em que tudo será calmo,
Em que finalmente
Darei encerramento ao sofrimento macabro.
Brevemente..


Acompanha-me,
Chega-te mais perto.
Cobre-me desse teu véu discreto.
Aconchega-me,
Leva-me para longe,
Bem longe daqui
Enche-me de alívio
Porque meu sofrimento…
termina aqui.


Apodera-te de mim
Morte, porque foges assim?

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Tu, eu...noite, luar...cumplicidade



Foi da preocupação súbita,
Dos interesses comuns
Da abertura mútua
E de preconceitos alguns.
Nasceste tu,
Nasci eu,
Nascemos um para o outro
Algo tão rápido como um sopro.

Foi dos instintos sombrios,
Dos interesses de ambos,
Desta sede pelo negro
Desta compreensão que é tão estranha
Que me arrepia por dentro.

Entre nós sinto uma cumplicidade
Sem saber ao certo de onde vem,
Mas se ainda mal te conhecendo
E conhecendo-te com tanta simplicidade
Tanta naturalidade,
Já tanta conivência possuímos,
De onde essa veio mais virá do além.

Estar contigo,
Duas sombras no vazio,
Tudo tão comprometido
Tão concentrado nas nossas tristezas felizes,
Nos sofrimentos mordazes,
Nas marcas dos braços,
Tudo tão simples e tão igual,
Estar contigo é um bem-estar fundamental.

Damos significado por inteiro
Aos mesmos pormenores,
Tudo é tão verdadeiro
Porque somos o mesmo.
Nas dores,
Nos sentimentos de raiva
E revolta constantes…
Tu e eu a cumplicidade…
Como a noite e o luar.

domingo, 25 de maio de 2008

Para sempre...memórias



Cravo em mim empregando lâminas afiadas minhas mágoas,
Como outrora cravei em lápides histórias dramáticas e amarguradas
Sobre o ténue nevoeiro da noite e sob a pouca luz que o luar traz entre as sombras.

No silêncio que vagueia e envolve o ar
Insisto para descobrir as respostas ao que me atormenta.
E nesse momento o sangue escorre mais fluentemente
A ausência cruel de respostas teima em me sufocar,
E enquanto o ritmo cardíaco aumenta
A minha sede torna se febril, e de repente
Eu sou mentalmente insano.

O meu pensamento é frenético e hostil,
Os meus movimentos são lentos e pesados,
Uma sensação de raiva me invade
Como se tudo tivesse por detrás um lado negro.
Em redor tudo parece ignóbil
Encho-me de sentimentos nefastos.
É Preciso sentir algo verdadeiro nesta enganosa realidade…
E é com uma lâmina cortante que a dor emprego.
Objecto que escolhi como reanimação intolerante,
Para mais uma vez me tirar de desleais ilusões
E me trazer de novo a justiça confortante
Deste novo ardor criado nos meus braços,
Como fonte de memória
E para que me fique na história
Que estes encarnes,
Espalhados por onde se desenharam,
Também eles são ilusórios.

Seu criador um indíviduo gritante
Que chama em mutismo
á necessidade consolante.

Apela a um ombro firme,
Onde se possa refugiar,
E por fim se lamuriar
Para que enfim sua alma descanse.

...



Ja la vai um mês e seis dias
desde que alguém me decidiu morrer
E à tanto tempo como esse
ainda não te consegui esquecer.

Se para mim morri em mente,
para ti morri muito mais,
Só queria poder te esquecer,
Porque este sofrimento é demais.

Nem tempo, nem pessoas especiais
Conseguiram ajudar,
é o destino que manda nisso
E nele esta escrito para te amar...

Apesar do que aconteceu,
Apesar de não ter gostado,
Aquilo que sentia por ti
Era forte demais para desaparecer tão rápido...

Penso muito no que já lá foi,
E naquilo que nunca tive,
Se pensas que isto não dói,
Para mim é o que mais exige.

Essa dor que não gasta,
Essa dor que não farta,
Quantas memórias arrasta,
Tanta coisa que me mata...

Se já me morri,
Porque não me matar?
Só sei que desde que te vi,
de ti não deixei de gostar...

How get this far?!



For more than once a time
You hurted me and made me cry
No matter how hard I try
I'm not strong enough to pretend i'm allright..

It's sad that you didn't care for me
The way you should do,
If you really love me
Like you said you do...

Sometimes I wanna believe you
But you don't give me a chance to...
The more you hurt me,
The more I forgive you,
But, man, i'm sorry,
Forget!? That I can't do...