quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Auto-julgamentos.



Embrenho-me em pensamentos
E sinto o cheiro à censura
Palavras e acontecimentos,
Que dirijo a mim em maus momentos
E que me levam à tortura.

Julgamentos de conclusão severa,
Tarefas em eterna lista de espera
Raiva, desprezo que sinto por mim,
Desapreço que outros me dão enfim.

sábado, 13 de setembro de 2008

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Caída num abismo.



Apetece-me cair num abismo
Sinto-me mesmo a cair num,
Vejo este triste destino
Incapaz de me levar a lugar algum.

Quero chegar bem lá ao fundo
E ter razões para me lamentar.
Preciso de um lugar à parte do mundo
Para a minha alma poder gritar.

A sensação de queda e afundamento já passou.
O sofrimento tanta dor me causou.
Num canto bem escuro quero derramar
Mais lágrimas e muito sangue para me castigar.

No fundo do meu abismo encontrei a minha paz,
Nos banhos sangrentos rejuvenesço.
Mais forte e mais ciente da desgraça regresso.
Angústia que o meu conhecimento me traz
Por não poder voltar atrás.

Por detrás deste corpo morto.



Por detrás deste corpo morto
Escondo os problemas que me assombram a alma
Pensamentos que me corroem por dentro
Momentos em que perco toda a minha sanidade e calma.

O meu espírito torna-se revoltoso
O corpo, por instantes, parece de novo vivo;
Olhar tenebroso,
Coração pelo ódio preenchido.

E sinto-me impotente
E atulhada de sentimentos traidores.
Perdida nos meus horrores
Aguardo o meu descanso impacientemente.

domingo, 7 de setembro de 2008

Fui sempre eu, afinal.



Numa angústia agoniante,
Vivo um momento desconfortante
Do meu interior
Vem um sentimento de dor
Jorra uma lágrima
Que serpenteando desce,
A minha lágrima mais íntima
Toca no meu peito e arrefece,
Torna-se pesada e gélida.

Minha alma revela sentimentos,
Pequenas sequelas de muitos ferimentos
Pequenas cicatrizes;
Marcas deixadas pela mão do sofrimento
Como directrizes
Que me encaminham ao poderoso e destrutivo pensamento.
Ambiente negro de morbidez
Impiedade e rigidez,
Silêncio inocente.
Pára o tempo nesse instante
E quando dou por mim, sou eu outra vez.

Fui sempre eu, afinal.

Príncipios obsoletos caducados.



Pelo conhecimento saturado
Deste mundo...
Enjoo o seu tédio,
Repugno a sua linha de pensamento,
A sua conformação pelo momento
Sem a procura da essência vital.
Algo que, para variar,
Tenha um significado racional e indubitável;
Algo que impeça este mundo de se guiar
Por princípios obsoletos caducados
Histórias anciãs em livros registadas
Relatando uma realidade dúbia
Levando por arrasto pessoas de inconformidade penúria.