sábado, 6 de agosto de 2011

Mar de hoje.

No meu mar
Eu vejo hoje,
Na fúria das ondas
A mágoa de outrora.
Curvaturas redondas
Desenhadas água fora.
Imponente,
Mostra a sua amargura
Contra as rochas.
E a dor relembra-o
Das saudades de tempos passados
Que se desfazem junto às costas
Numa espuma branca,
Que desvanece na areia.
No seu tamanho imenso,
Água salgada que ele próprio verteu
Num temporal intenso.
Sal extraído da sua felicidade.
Mantendo,contudo, o respeito
Pela distância que suas águas hão feito
Para que num acto de esperança,
Se enrole outra vez,
Tentando encontrar a tez
Que se perdeu em água mansa.
Desabafando com a areia,
Um pouco a cada momento,
Pedindo rotas ao vento
E esperando a maré cheia.