sábado, 31 de janeiro de 2009

Gota.


A vida escorre numa gota.
É balançada pelo vento,
Molhada pela chuva,
Despedaçada pela atitude ou toque
Transformada pela situação
Seca por uma barreira final
, intransponível.
E a mesma vida vai-se
Pelo perder das gotas.
Gota a gota vão caindo
Até não restar nada.
Apenas um corpo oco
Na ilusão de ter vivido.

Apenas incerteza.



Sofro sozinha,
Dou voltas e voltas ás angústias
e mágoas que são minhas.
Incapacito-me de reacção e movimentos
Tento chegar ás respostas
E chego a lado nenhum.
Vivo uma incógnita,
Que cresce e se afunda
Espalha raízes,aperta o coração.
E a única coisa que eu quero
É deixar-me ser levada pelo vento
Sem rumo, sem objectivo
Apenas incerteza.
E o mar de pureza
Que me trás o vento em acção.

sábado, 3 de janeiro de 2009

O teu sorriso.


Sabe tão bem olhar para ti
E vê-lo também.
Os seus graciosos movimentos
Observei e sorri.
Lábios como mais ninguém tem
De textura suave e macia,
Memoráveis momentos
Em que minha boca os acaricia.
Esse sorriso que me derrete o coração
É o mais lindo que já vi
Uns são tímidos outros não,
Posso dizer que nenhum esqueci.
Guardo os teus sorrisos
E as tuas gargalhadas num lugar secreto
Desejo os teus beijos
Tanto como o teu afecto.
Enches-me de alegria,
Quando ris e sorris,
Deixas-me sem palavras
Fazes com que sorria,
Também,
Por saber que nesse momento estás feliz
E por saber que estás comigo meu bem,
Sorri mais uma vez,
Sorri sempre,
Esse teu sorriso é meigo,
Bem como a tua maneira de ser
E esse teu jeito
Como é bom te ver
Sorrindo,
E sentir-te encostado ao meu peito
Instante íntimo e lindo,
Mais que isso, perfeito.

Sonhar.



O que eu desejo sonhar
Deitar-me na cama,
Afastar-me da dura realidade
Deixar as lágrimas
E as memórias frias de lado
E fantasiar algo do meu agrado.
Sonhar.
Libertar-me deste fardo
Esperançar que um dia se torne verdadeiro,
Mas não sou capaz.
Acendo a luz do candeeiro
E vejo de novo o mundo.
O mundo triste em que sempre vivi.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Quando dou por mim.



Finalmente senti-te de novo
Pude abraçar-te cheirar-te.
Derreter-me com o teu sorriso
E o teu toque suave.

Aparentemente e superficialmente saciado,
O meu ego entra em êxtase por ti.
E o meu desejo de estar só contigo é tanto.
Quando dou por mim,
Estou a espera da fusão dos nossos corpos,
Daquele calor e daquela proximidade
Que desvanece e por fim,
Faz desaparecer nossos contornos.
E a felicidade preenche-me,
E é como se parasse o tempo,
Habitas em mim, e eu em ti.
E só quando acaba o momento volto a mim.
Contente por ter acontecido,
Triste por ter acabado.
E mais que nunca relembro,
Como a tua ausência é demais pra mim.

A cada tic-tac do relógio.



Uma distância prolongada,
Dois corpos incompletos
Ansiando um pelo outro
Dois seres perturbados
Pela ausência do conforto.

Saudades do toque,
Da voz doce, do olhar carinhoso
De um abraço que me sufoque
De um beijo caloroso.

Relembro os teus traços
A cada tic-tac do relógio,
Agarro o tempo,
E no mesmo instante,
Sinto o desejo crescente
De te ter comigo de novo,
Mais do que em coração e mente.