Acanhados de alma
Num Presente maldito.
Julgados mortos, no seu sossegado jazigo
Num escuro vazio
Secreto, longínquo e impenetrável abrigo.
'Vivos' sofrem,
Mortos padecem
Onde reside a diferença
Entre a ilusória vivência
E a passada existência?
'Vidas' que escurecem
Pessoas que terminam seu prazo,
Cadáveres que apodrecem
E numa ironia erudita
Os mortos enterram os seus mortos.