sábado, 30 de agosto de 2008

Os mortos enterram os seus mortos.


Ditos vivos, pobres de espírito,
Acanhados de alma
Num Presente maldito.
Julgados mortos, no seu sossegado jazigo
Num escuro vazio
Secreto, longínquo e impenetrável abrigo.

'Vivos' sofrem,
Mortos padecem
Onde reside a diferença
Entre a ilusória vivência
E a passada existência?

'Vidas' que escurecem
Pessoas que terminam seu prazo,
Cadáveres que apodrecem
E numa ironia erudita
Os mortos enterram os seus mortos.

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