sexta-feira, 22 de agosto de 2008

A minha sentença.



Todo o carinho e mimo,
Toda a atenção que dei,
Parece agora em vão,
Neste lugar em que a escuridão é lei
E o sofrimento,
É nossa única companhia para a solidão.
Sinto-me de rastos
E congelada pelo ódio,
Dona de tantos nojos,
Ou não fosse eu o primeiro lugar do pódio
Da categoria das atrocidades.
Sou besta,
Sou conjunto de monstruosidades,
Condenada a viver presa,
E a cumprir esta minha sentença
Sob acusação de causa nobre
Que foi ter tentado ser
O que de bom nunca nunca tive e fui.
Nunca ter passado de cadáver podre
Iludido na luz de viver.
E ainda assim vivo,
Para acatar a minha sentença
Que é ver lentamente a passagem dos dias
Á espera do meu desejo mais profundo
Esse acto belo que é morrer.

1 comentário:

Pedro Silva disse...

Sua besta!!!!!
K crime cometeste pa seres setenciada dessa forma? Escreveres~melhor k eu? ;)