domingo, 25 de maio de 2008

Para sempre...memórias



Cravo em mim empregando lâminas afiadas minhas mágoas,
Como outrora cravei em lápides histórias dramáticas e amarguradas
Sobre o ténue nevoeiro da noite e sob a pouca luz que o luar traz entre as sombras.

No silêncio que vagueia e envolve o ar
Insisto para descobrir as respostas ao que me atormenta.
E nesse momento o sangue escorre mais fluentemente
A ausência cruel de respostas teima em me sufocar,
E enquanto o ritmo cardíaco aumenta
A minha sede torna se febril, e de repente
Eu sou mentalmente insano.

O meu pensamento é frenético e hostil,
Os meus movimentos são lentos e pesados,
Uma sensação de raiva me invade
Como se tudo tivesse por detrás um lado negro.
Em redor tudo parece ignóbil
Encho-me de sentimentos nefastos.
É Preciso sentir algo verdadeiro nesta enganosa realidade…
E é com uma lâmina cortante que a dor emprego.
Objecto que escolhi como reanimação intolerante,
Para mais uma vez me tirar de desleais ilusões
E me trazer de novo a justiça confortante
Deste novo ardor criado nos meus braços,
Como fonte de memória
E para que me fique na história
Que estes encarnes,
Espalhados por onde se desenharam,
Também eles são ilusórios.

Seu criador um indíviduo gritante
Que chama em mutismo
á necessidade consolante.

Apela a um ombro firme,
Onde se possa refugiar,
E por fim se lamuriar
Para que enfim sua alma descanse.

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