sábado, 6 de março de 2010

Palavras dolorosas.



Marcadamente, o tempo decorre

Sinto a nostalgia do seu passar
Receio por tudo o que morre
E por me fazer sentir ninguém.
Silenciosamente, vivo um constante chorar
Porque errei e porque também
Não sei como me perdoar.
Nem tu...

Enfadonhamente,
Acreditei num passado saudoso
Pelo qual me tenho vindo a magoar.
Inesperadamente,
Porque num cravar doloroso
Palavras me fazem desesperar.
Tudo o que pensava ser
Desvaneceu e foi desvalorizado.
Tudo o que tinha como especial
Um defeito, um gosto trivializado.
(E) Afinal eu não era a tal.

Não existem termos que definam
Nem o sentimento, nem o sofrimento.
As recordações que considerava únicas,
Agora lembram
As palavras amargas e sem alento
Por ti proferidas.

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