sexta-feira, 26 de março de 2010

Ninfa.



Deixa-me ser a tua deusa,
Dona dos teus desejos,

Mesmo os mais profundos.
Deixa-me ser o que procuras
E aquilo que anseias. 
Fecha os olhos,
Relembra a minha imagem. 
Ambiciona os meus beijos
E o tocar das tuas mão na minha pele.
Quero ser tua ninfa.
Deixa-te seduzir pelo meu olhar 
E pelo meu sentimento fugaz.
Quero-te tanto,
Como me queres a mim.
Sou mais que tua ninfa. 
Sou tudo o que precisas.
Deixa-me ser tua...
A tua única ninfa.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Este é o tempo.



Este é o tempo!
Este é o tempo em que apesar
Da minha presença constante
Quase que não existo
E morro para mim mesma.
Um vazio perturbante.
Não sou mais,
Nem sou menos.
Apenas nada.
Sou aquilo que não percebo,
Mas sinto que tenho de ser.
Mesmo o que omito
E tento não transparecer
Acabo por mostrar,
Não conseguindo conter.

sábado, 6 de março de 2010

Palavras dolorosas.



Marcadamente, o tempo decorre

Sinto a nostalgia do seu passar
Receio por tudo o que morre
E por me fazer sentir ninguém.
Silenciosamente, vivo um constante chorar
Porque errei e porque também
Não sei como me perdoar.
Nem tu...

Enfadonhamente,
Acreditei num passado saudoso
Pelo qual me tenho vindo a magoar.
Inesperadamente,
Porque num cravar doloroso
Palavras me fazem desesperar.
Tudo o que pensava ser
Desvaneceu e foi desvalorizado.
Tudo o que tinha como especial
Um defeito, um gosto trivializado.
(E) Afinal eu não era a tal.

Não existem termos que definam
Nem o sentimento, nem o sofrimento.
As recordações que considerava únicas,
Agora lembram
As palavras amargas e sem alento
Por ti proferidas.